domingo, 27 de janeiro de 2008

Vivemo-nos nas madrugadas


Enquanto o mundo dorme nós vivemo-nos
Enquanto o mundo repousa nós ardemo-nos
Enquanto o mundo cega-se nós olhamos um pro outro
Enquanto o mundo se despe nós redespimos nossos farrapos
Não nego que te quero como a mim
Não nego que te sinto... como ti quero!
Estás no meu caminho... assim queremos
Estás em mim... assim permaneces
Completo
Sereno
Feliz
Amando!
Sabes, neste instante...neste que me lês
tenho as luzes apagadas
madrugada doce
janelas abertas
capulana em mim
nada mais
e te sinto junto de mim
te sinto comigo
deitados neste quente espaço
neste nosso futuro de nós
Idéias doidas vou tendo
penso em vir destapar-te
penso sim
penso acordar-te
penso prazeirar-te
minhas mãos penso botar em ti
meus lábios penso dar-te
minha carne deixar-te tocar
tudo em mim a ti entregue
penso viver-te neste momento
penso em ti!
Digo-te mais
penso fazer-te sentir este brívido
tirar-te pra dançar nesta noite mágica
penso que vivemos nas madrugadas de nós
noite mágica... faça-o feliz!

Ivone Soares

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Nosso festival d' amor


Meu Rei o festival d'amor não faz sentido sem ti
Pra ser festival tens que ser meu centro
tens que estar no centro
temos que nos centrar
sós...intimamente...fogosamente
tesouro o melhor é querermos assim
intensamente
lembraste? como te falei ontem? falei-te em eclipsar-te
lembraste?
Sei que sim
Esta noite estou apagada
cansada da tensão a que me submetes
cansada de tua ausência em mim
cansada de explicações convencidas
agora estou me reacendendo
começam a erguer-se os montes
o horizonte tentam cobrir, mas são minúsculos
cabem em tua boca como luva
vulcão ameaça despertar
a terra começa a estremecer
começo a gemer
ai...aii...aiii
pára, pára, pára
agora
sim
pára
mais...isso sim,
devagar
pára
e pra mim te puxo
a ti me entrego
quente...doce...como só eu
Bjs ardentes.

Ivone Soares

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Quentes tardes



Tesouro nossa tarde-noite chegou
Irradiando calores vulcânicos
tudo queimando, a mim especialmente
Quando dei por mim estava em lavas
Tesouro minha capulana está ao de leve encostada a minha pele
transparente como é
vislumbra-se nossa casa...o horizonte
Quando dei por mim nua era
Tesouro tomo Delicious
penso-te
sorvo-te no delicioso licor que a ti sabe
Tesouro teclo serena
olho estas teclas que por si a ti falam
revisito-nos e ti vejo guardando-me
sabes, aquele tempo que definiste: o breve está pra breve
aí, sorver-te-ei enlouquecida
dizes-me ser elegante
como não ser senão pra ti?
houve momentos que pensei teu pescoço amar
houve momentos em que pensei teus ouvidos beijar
houve momentos em que diabada parecia possuída
espíritos do bem velem por ele hoje e sempre
que chegue o breve
prometo eclipsar-te.

Ivone Soares

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Queria saber escrever...

Hoje visitei os rabiscos da Soares
E pensei comigo
Queria saber saber escrever
Saber brincar com as palavras
Me entreter

Queria como a Iva faz
Levá-las comigo onde quero
E nos desespero
Rogá-las que me consolassem

Queria ter a força de prensá-las
Destilar um suco qualquer
Sabor que me desse na gana
Cantassem se eu quisesse
Ou chorassem

As palavras são lindas
Escritas na idade dos adultos
Ou rabiscadas na infantilidade dos poetas
Cantando ao ritmo das árvores que chilreiam
Ou mesmo no grito do silêncio

Queria saber escrever
Queria...


Muito obrigada Nelson

À Lizha James


Raínha,
Tua voz esquenta meu sangue
Quando congelado...oiço-te
Re-esquento-me, re-alimento meu ser
Todas buscamos alguém que cuide de nós
Alguém especial
Alguém que nos faça vibrar com um simples olhar
Raínha,
somos apaixonadas
apaixonadas pela vida
pelas letras quentes
apaixonadas
nossos sentimentos puros são
nossas juras profundas
nossos beijos eternos
nossos olhares doídos
doídos por amarmos forte
doídos por querer
nosso homem sempre ao lado
querendo ao rubro
somos sinceras
somos rigorosamente nós
Viva Raínha
Viva Mulher.

Ivone Soares
Dedicado aos sentimentos de mulher
de Lizha James, Raínha do Raga.
Uma vez Raínha, sempre Raínha!


segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

A dança que não dançamos


Tesouro, quero contigo bailar
Quero, tesouro, quero contigo voar
Tu que nunca me convidas pra bailar
Tu que nunca vês as horas que ti requebro...sempre em pensamento
Tesouro, quando pensas em mim
Saiba ser reflexo dos meus por ti
Hey...ópio, otil, meu sol
rasto de nós abraço em cada bela canção
Quero bailar neste instante
Instante que febre tens
instante que horizontamos
só nós
Tu que nunca me levas a bailar
Tu que sinto em mim agora
Teu tacto afastando minhas coxas...relembro
reamo ao quadrado
requero raíz quadrada de mim
presumo que sentes quão gulosa estou
Futuro que tudo começou
Quando penso em ti venho-me
Se queres
Se me queres
Verdadeiramente se queres...digo-te
escuto Iglesias...HEY...
Querote!

Ivone Soares


Meu Bruxo...meu Dengue


Estou chovendo torrencialmente
saudades de ti
Estou neste momento, recém chegada da longa viagem
feliz
penso-te
pensei-te
tive-te sempre em mim
Quis olhar-te nos olhos
profundamente
Quis beijar-te
meus beijos dei-te sim
Sei que os sentiste
Sei...sei
Deixa que te leve pro horizonte
Não precisas de sumauma, não precisas
Não precisas fumegar teus pulmões
Não precisas
Precisas sim de mim em ti
Precisas sim de tomar-me nos braços
Não deixes de olhar-me como olhas
Com sede de mim
Com arrepios por sentir-me a pele
Com cócegas por sentires meus dedos
Não deixes de querer-me
Não deixes de sonhar-me
Alma-me
Nossas almas amam-se
na surdina da calada dos dias- madrugada
Se quiseres ir a algum lugar distante
Se quiseres toma minha direcção
Vem pra mim
Sou sumauma das maçanicas minúsculas
Sou tua sim
Única...apenas nós
Tenho saudades.

Ivone Soares

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Quando o stress toma conta de nós



Suruma acabou, ouvi uma, duas vezes
Não te permito a terceira
Suruma não acaba assim
Suruma deixa a pessoa sumaumada
Sumauma real não anda a moda tartaruga
Sumauma é fogo
Sumauma é tesão
Sumauma avassala, arrasa, parece tsunami
Sumauma que acaba nunca existiu
Sumauma que dura pouco era como palito aceso
Sumauma que eu sinto não tem extintor capaz de apagar
Sumauma que eu tenho eterniza-te
Sumauma que eu quero você não conhece
você não sabe
você ignora
Sumauma que acaba não é essa que quero
não é essa que preciso
não é essa que te dou
Sumauma que vejo é invisível
só se sente
só se sorve
só se fareja
Sumauma que acaba
entristece
dói
magoa
choca
traumatiza
antes esquarteja-me
antes espanca-me
antes insulta-me
depois recola-me
depois remenda-me
depois diz-me
AMOTE.
Surumada de ti sinto-me
Surumadas estão minhas entranhas
Surumadas estão aquelas maçanicas que, na terra que te viu lá passear, comeste
Surumadas minhas mãos estão neste momento
trémulas
suadas
fogosas
tudo quebram
tudo pedem
a ti tocam e acalmam teu ser confuso
vamos dormir!

Ivone Soares

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Meu fogo vulcânico


Deixa-me dar-te do meu caldo
Deixa-me levar-te às estrelas longíquas cuja rota só eu sei
Deixa-me matar tua sede de minha alma
Deixa-me levar-te ao horizonte
Deixa-me fazer-te homem
Deixa-me desvirginar teus sentidos
Deixa-me que te endi-abre com meu fogo vulcânico
Deixa-me amordaçar-te os lábios quentes que provei
Deixa-me acorrentar-te a mim
Deixa-me ser-te
Minhas maçanicas estão rijas
Querem-te
Viste-as chamarem-te
Viste-as suplicarem por mais uma linguadela
Viste-me...nádegas firmes ardendo de desejo do teu toque
Deixa-me doidar-te.

Ivone Soares