sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Quem sabe?

A medida do quanto me amas
quem sabe?
Numa escala de 0 a 10
tento adivinhar...
equaciono as juras
as promessas
as palavras ternas
mesmo assim
exercitando o músculo cerebral
respostas definitivas
essas não tenho.
Quem sabe?
Receio ser injusta
duvidando.
Receio incapacidade ter
pra ler os sinais
receio...
Por demasiadamente querer-te
em demasia anseio saber
afinal: quanto me amas?
Pensei, hoje, no taxi
quem sabe o quanto foi amado?
Dia e noite respiro-te
Nas tardes-madrugadas que não se repetem
nos dias-noite que eclipses parecem
alimento a vista lembrando-nos.
Quando sangram meus olhos
pranteando de saudades
saudades do que não perdi
tenho.
Sabes do que falo?
Demasiado sim, em demasia amo.
Confesso: gosto mais de mim
quando contigo.
Sabes do que falo!

Ivone Soares


quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Facaste-me alma

Kido, p'ra dizer que me deste uma facada
Inventei-te o termo "facaste-me".
Como uma facada n'alma pareceu aquela sms
Dias há em que m'elevas a patamares distantes
Noutros,
stressadamente, m'escreves
como que possuído por espíritos de terras estranhas
estranhamente escreves
coisas doidas...loucas
de fazer suar.
Transpiro frio
de tão aquecida pelas incompreensões
calafrios sobem-me espinha acima

Dias há em que me buscas
No baixo-ventral espaço
aquele que causa brívidos
e nem te repousas
aqueces-te os sentidos
inventas fantasmas
nhamussoro pareces
daqueles que das mais malucas adivinhas diz
e transpiro frio.

Zango-me, grito-te, OKeizo-te
mas no fundo amo a tua alma
Vamos namorar?

Ivone Soares