quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Infinitamente...abençoada és!


Antes que o Natal venha, antes
que o ano finde, antes
que a memória se me vá, antes
que o sufoco me sufoque, antes
que os sentidos se confundam, antes
que as rolas te cantem, antes
que as borboletas te sorriam, antes
que Pai Natal te presenteie
antes
minha promessa cumpro,
um poema dedico-te:
vem depois do teu aniversário, vem
depois d´atravessares ruas-avenidas , vem
depois de triciclos (re)quebrares, vem
depois de balbuciares meigas palavras, vem
depois de letras miúdas rabiscares, vem
antes do menino Jesus beijar-te,
minha promessa cumpro.
Abençoada sejas
antes e depois...
ontem e hoje...
Infinitamente...
abençoada és!

Imagem tirada daqui
Ivone Soares

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Quem sabe?

A medida do quanto me amas
quem sabe?
Numa escala de 0 a 10
tento adivinhar...
equaciono as juras
as promessas
as palavras ternas
mesmo assim
exercitando o músculo cerebral
respostas definitivas
essas não tenho.
Quem sabe?
Receio ser injusta
duvidando.
Receio incapacidade ter
pra ler os sinais
receio...
Por demasiadamente querer-te
em demasia anseio saber
afinal: quanto me amas?
Pensei, hoje, no taxi
quem sabe o quanto foi amado?
Dia e noite respiro-te
Nas tardes-madrugadas que não se repetem
nos dias-noite que eclipses parecem
alimento a vista lembrando-nos.
Quando sangram meus olhos
pranteando de saudades
saudades do que não perdi
tenho.
Sabes do que falo?
Demasiado sim, em demasia amo.
Confesso: gosto mais de mim
quando contigo.
Sabes do que falo!

Ivone Soares


quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Facaste-me alma

Kido, p'ra dizer que me deste uma facada
Inventei-te o termo "facaste-me".
Como uma facada n'alma pareceu aquela sms
Dias há em que m'elevas a patamares distantes
Noutros,
stressadamente, m'escreves
como que possuído por espíritos de terras estranhas
estranhamente escreves
coisas doidas...loucas
de fazer suar.
Transpiro frio
de tão aquecida pelas incompreensões
calafrios sobem-me espinha acima

Dias há em que me buscas
No baixo-ventral espaço
aquele que causa brívidos
e nem te repousas
aqueces-te os sentidos
inventas fantasmas
nhamussoro pareces
daqueles que das mais malucas adivinhas diz
e transpiro frio.

Zango-me, grito-te, OKeizo-te
mas no fundo amo a tua alma
Vamos namorar?

Ivone Soares

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Como? Apenas se sente...

Como se escreve...
tudo foi já dito?
Os sentimentos
esses que nos arrebatam a alma
não fomos nós a inventar.

Réplicas também não são,
mas coisas do coração.
As manhas desse velho sentimento
emboscam-nos.
É chamado amor
guia-nos,
embrenhamos em seus trilhos
embebeda-nos os sentidos.
De longe vem
de tão longe
que raízes fundas
em nós cria.
Como se escreve?
Apenas se sente...

Ivone Soares

domingo, 27 de julho de 2008

Perpetuamente Meu


Foi tanto dó dói gravado nas costelas
profundamente gravado
quase tatuado que doces palavras
doces como tu
faltavam
o sufoco passou
bela Quarta.
Tentei nada rabiscar...tentei
o que quero
o que quero, hoje, escrever-te
são linhas prenhes d'amor
capaz não me sinto
nada do que não disse deixei de sentir
esta noite re-implanto-te:
perpetuamente Meu!

Ivone Soares

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Tenho dó...dói

Como dizer?
Dói-me a alma...
...saudades do que nem sei
(incompleto)
Ivone Soares

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Condenada


Condenada a pensar em ti
quando acordo
ao fechar os olhos...
penso em ti
no escuro...
penso em ti
onde ando...
penso em ti.
Chama a isso o que quiseres
emociono-me
alucinas-me os sentidos
jogo com a mente
fantasio:
teu cheiro
tuas mãos
todas carícias
ganho coragem...abro os olhos
diante de tudo
estás tu!

Condenada fui
nem sei que dia é hoje
que horas são
que faço aqui
só sei que imenso é o amor
quando abres um sorriso
tudo reluz!
Palpita o coração
palpita
mas vivo esta bela condenação
a cada passo que der
a cada despertar
em cada lufada de ar
respiração profunda ou não
só tu inspiras
meus momentos
toda existência
palpita o coração com cada toque do celular.


Ivone Soares

Imagem tirada daqui

terça-feira, 13 de maio de 2008

Doce lembrança


Guardo-te...doce lembrança!
Lembrança dos segundos infinitos em que teus olhos fixei
guardo sempre juntinho
quente como t'achei
Também achei-te amigo, sensível, doce...
enfim, meigo
...no tocar, no dizer, no me querer
Guardo-te no nós, tu e eu, fervorosamente nós
Quero querendo
quinhentas mil vezes quero
quero teu ser
teu estar...
quero sim
nalgum lugar achei-te
ou achamo-nos?
não sei
apenas lembro que t'aguardo
doce lembrança és!
lembrança não é fim
lembrar-te não é ter-te esquecido algum instante
lembrança é fogo do eterno requerer.

Versos pouco dizem de nós
Estrofes nada definem
Poemas...longe do tanto que significas
neste embaranhado linguajar
tudo e nada te define
singelo toque d'olhares
erupção na certa.
Guardo-te... doce lembrança
Guardo-te em cada luar aventureiro,
afinal...meu pensamento és!

Ivone Soares

domingo, 20 de abril de 2008

"n" vezes tu


Tantas promessas trocamos
De tudo prometemo-nos
De tudo sonhamos
Lá no fundo sabes-me assim
sincera, apaixonada a cada instante
"n" vezes e todas por ti meu ópio
Desde aquele ano em que t' olhei
quando me namoravas com furor
palavras bastavam
neste Domingo kido
sereno como está
desejos inconfessáveis assolam-me
parece um dilúvio
tudo humidificado
olhos esbugalhados
mãos trémulas
frio por fora
boca entreaberta
pernas cruzadas
pés descalços
tronco semi nú
coxas despidas
pele fervente
cabelos soltos
poros destapados
tudo sabe assim
àquele meu geito...
Testa reluzente
unhas pintadas
borrada de desejos...os inconfessáveis!
Tudo em calma harmonia
tua voz ecoando em mim
teus pêlos me roçando a alma
teu general afagando minhas entranhas
tu em mim ...eu raíz de ti
serena, borbulhando na sepultura do breve
de tão intimamente mexida que tou...
coveiro, tira-me do sufoco
docemente aqui...sou-te a meu modo.

Ivone Soares


domingo, 13 de abril de 2008

Liberato


Liberato meu sempre eterno serás
pai que muito ensinou
maravilha de pai
recordo-te, hoje, recordado sempre és
Venero-te pai...miúda deixaste-me
apenas em carne...
pai teu espírito vivo ficou desde ontem
não aquele ontem comum
pai faz, neste 2008, 20 anos sem teu sorriso
Idolatro-te!
pela dignidade do teu ser
pelos ensinamentos muitos que me deixaste
venero-te
Sabes pai, exulto de contentamento
cai, neste exacto, uma chuva amiga
daquelas que molha a alma
daquelas que nos faz sentir saudades
Pai...pudera eu abraçar-te agora
forte tão forte como a saudade que de ti tenho
Hoje, este é pra ti
este amoroso palavreado dedico-te
serenamente estou
por fora
lá dentro... explodindo de saudades
quentes como só teu beijinho na face
saudades ternas, saudades doridas
maldiz-se dos homens...mas pai
tua filhota um beijinho manda
com sabor de chuínga
As sandálias interfranqueiras que me deste
aquelas de várias cores
a chuínga sabiam
não que as metesse na boca
ao de longe inalava-se aquele cheiro inconfundível
Pai este dedico-te
Eterno meu idolatrado.

Ivoninha chamavas...
assim pra ti assino.

sábado, 5 de abril de 2008

Como vim ao mundo

Quando me vim?
Terei me vindo naquele Outubro?
Troco o ordenamento das palavras
troco a sequência gramatical
no lugar de razoar...apenas quero sentir
invento-me reinventando-te palavras
De todas aprontei
nosso vocabulário procurado é.
Ligou-me o jornaleiro
"Ivone anúncios há...
por tudo que é jornal da praça
suplicando a quem souber
a tradução do teu linguajar"
assim disse ele!
Respondo-lhe:" sumauma traduz-se?
maçanicas descrevem-se?
ugauga conta-se?"
Jornaleiro pasmo diz-me
"miúda, não trunques os poemas"
Ahhh...meu velho jornaleiro
aí está o apelo à imaginação...
Sim, lembro-me agora
foi naquele Outubro sim
aos berros me vim
excitada por ver o dia
aquela linda manhã marcou este início
não início qualquer
mas o início da vida da nossa história.

Mas...afinal por que escrevi isto?
Por me ter vindo?
Sim, quem sabe, talvez seja
o certo kido
certo é sentir-me vir a cada manhã-madrugada
nas tardes-noite quando calmamente nos cruzamos
parece o eclipsar de corpos fundidos
Sim... é difícil de imaginá-lo
mas tu, o oculto desnudas
e assim me vim:
corpo nú
alma coberta
garganta explodindo
é o gemido Outubral...
23ª rodada...eis-me contigo!

Ivone Soares


quarta-feira, 2 de abril de 2008

A batalha que travas


Escondes em ti o homem pra ela
Tocação adiada
febril vejo-a
Consolo-a, escrevo-te
ama-a!
Confessa-me, conselhos pede
descabela-se e chora...
é aquela que entende tudo pra entender
se a beijas
percebes que única é
adiando, sofrida fica
não mais palavras tenho
vocavulário esgotado
decido interceder
ama-a!

Fi-la ver o quanto a queres
fi-la sentir-te presente mesmo ausente
tudo fiz...tudo faço
quero-vos felizes
não por mim...não
não por ti...talvez não
por aquela sim...
por quem batalhas travas
negando-te
ama-a!

Intercedo sim, por ela que sou eu
eu tua ontem, hoje, amanhã também
a batalha que me travas
eu a desguarnecida
eu tua sempre
dá-me brívidos
não sabes como compreendo-te
e por isso sou como me queres
agridoce!
Vinagre e açucar em mim
sou como me queres
por isso ama-me!!!


Ivone Soares


Imagem tirada daqui

terça-feira, 11 de março de 2008

Espera infinita


Tesouro
saber-te pensando em mim anseio
Nos dias- madrugada que t'espero
dificilmente, doidamente, soluçando
a espera é infinita
Infinita como nosso habitat
sim...como o horizonte
Amanhã ou depois
aquele breve que sempre prometes
chegará
chegará correndo feroz como o Jokwe
sim...aquele ciclone que a ti assemelha
dilacera tudo que pela frente vê
como tu comigo fazes quando dizes
está pra breve
em breve
brevemente juntos...

Tesouro
borrei tantos batôns nos lábios
desfiz tanta maquiagem no rosto
amarrotei tantos vestidos...sempre aguardando
infinitamente aguardando
o tão esperado breve.

Sei que brevemente dirás
até breve
sei também que o néctar parace abelhoado
não dás mais mel
não dás mais chochinhos
mas dizes
te gramo muito

Parece contradição
mas entendo-te
queres-me tanto
tanto que aguardas
aguardas o breve instante
certo como nunca
que em breve nós estaremos
...no horizonte!

Ivone Soares


quarta-feira, 5 de março de 2008

Obra D'Arte


Quando Deus te fez
a sua semelhança
queria-me feliz

Foi tudo pra me contentar
Foi pra iluminar meus olhos
Com tua quente luz

Quando Deus cá te trouxe
bem alto ordenou-te
Faça-a feliz!!!
Bem sei que cumpris
Bem sei que não te negas
Bem sei que de mim supriste
todo escuro... és obra d'arte

Na tela tudo clareou-se
Foi teu chegar que me iluminou
Tua presença me inundou

Bem sei: és obra d'arte!
Feito por Deus
pra mim somente
Por isso nos somos
Eternizados estamos.


Ivone Soares



segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Eternizados estamos

Para os amantes de cartas de amor, nada melhor que visitar o Blogue de Juvenal e Manuelita, o Cartas d'almor.



Juvenal meu almor, passaram-se sete dias, estava a degustar tua carta, cada dia meu bem tenho a certeza de que te almo. Sabes, esta sede dos teus beijos que nunca acaba não é em vão. Este desejo de te ouvir, te estar, te chuchar é nada mais que a obediência que devo aos impulsos que a ti me conduzem.
Ser a tua vassala quero sim, não digas seres meu vassalo, assim invalidas-me. Como podes ser tu meu vassalo quando meu eu a ti está entregue desde que minha mãe me gerou? Completa me sinto desde que nos temos, e digo-te sem receios, nem rodeios, faço qualquer coisa pra juntos estarmos. Nem que por instantes, agora mesmo poderia ao teu encontro vir...para almar-te. Sabes, ultimamente faço greve em casa, nada me apetece senão o teu cheiro em mim.
Sinto saudades de tu homem.
Juvenal, amanhã estarei te esperando...louca por um beijo na surdina da tarde dos teus encantos. Não há nada que nos possa afastar...nem esta distância atormentante. E sabes porquê? Porque a pureza dos teus sentimentos, a magnitude do meu almor por ti eterniza-nos.
Eu sim, vassala de ti sou e serei sempre.
Preciso sentir-te!!!


Manuelita



terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

O que não disse


Não disse o quanto te quero
Não disse
Não por capricho
Não por ingenuidade
Não por incapacidade
Não disse
Hoje
Não disse
Porque sabes
Sabes que te quero
Sabes sim...
Sempre ao quadrado!

Naquele dia não disse
mas, hoje, entre traumas e dramas
quero-te digo
Minha alma linchada parece
sede de ti
querer sem fim
Naquele instante em que teus olhos cruzei
momentaneamene paralisei todos sentidos
reanimada estou
mérito teu...sabes, agora em viva voz digo
raíz quadrada de mim... sempre serás.
Não ponto final, pois sabes:
reiniciamo-nos a cada fim do início.

Ivone Soares


domingo, 17 de fevereiro de 2008

Pois então aqui me voltei

Manuelita, aqui estou de novo, tu sabe como é difícil a minha vida de corredor da vida sempre te procurando em cada poro dos sonhos.

Pois então aqui me voltei.
Não, não lhe esqueci, não é possível esquecer seu sangue, porque teu sangue circula nas minhas artérias. Nada a fazer: é meu destino sanguíneo.
Ah sim, tu me molha todos os dias, basta olhar você para me espermar, para só sentir em baixo enquanto o resto do corpo parece estar numa auto-estrada de espasmos. Convulsiono de você mesmo sem pensar em você. Imagina agora quando tu tá em cima de mim me percorrendo com sua língua e seus jeitos de enlouquecer a própria loucura!
Tenho sentido sua falta, cada dia mais eu lhe sinto mais forte em minha pessoa, como se tu fosse um destino que ninguém pode remover de mim, doce e belo, húmido e abrangente.
Ontem mesmo eu me passeava em mim quando dei que algo faltava. Afinal descobri que não me passeava, que apenas lhe procurava. Descobri afinal que já nem passear posso. Minha vida consiste de lhe procurar. Já não sou eu: sou sua procura, um caminho no qual só se pode andar para a frente.
Agora Manuelita me deixa fazer meu jantar, me chateia sem fim fazer jantar sem sua pessoa, é como se tivessem amputado minha alma, partido meu equilíbrio, roubado meu eu, porque meu eu só é ser seu.
Não digo até logo, digo até agora.
Mas, afinal, que fazer?, não lhe sou seu agora, sou-lhe teu sempre.
Sou eu seu Juvenal agrilhoado na liberdade de lhe ser.

Juvenal




Não resisti, decidi postar esta belíssima carta d'almor. Finalmente Juvenal saiu do silêncio.


sábado, 16 de fevereiro de 2008

Quando te escrevo


Quando te escrevo
voando na terra
tenho os pensamentos nas estrelas
estrelas garridas de todas as cores
Minducha tentou, hoje, tocá-las
Disse impossível ser
Aí, minha companhia pediu
Levei-a as estrelas
Lá achei-te
em todo lado te vejo
sempre te vejo
Vamos luar!


Ivone Soares

Imagem do cantinho donde escrevo esta e outras linhas dos meus seres.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Certeza soberana


Tesouro, hoje é dia dos namorados
pra nós todos os dias o são
To tão feliz por seres meu
...não cabe em mim tanto contentamento
Há certezas certas
uma é que nos somos
Não há prazer que se compare
ao brilho que minha retina tem ao ver-te sorrir
só o ver-te já ilumina meu ser
Gosto de tudo em ti
Desde dedos do pé...
à textura do teu cabelo
Vagueando... minha imaginação
esta que te me traz
dá-me notas de quão cheio de doçura estás
Tu não apenas és namorado
És parceiro de trincheira
És amigo sincero, honesto
presente mesmo quando ausente
És amante, és pai...és tudo pra mim
Conto segundos pra nos beijarmos
Conto milésimos de segundo só pra te tocar
Conto dizer-te, hoje, quão certa estou de ser-mo-nos
o querer-te é tão intenso...uma certeza soberana.
Feliz dia dos Namorados!

Ivone Soares

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Minha perdição

Sofrida encontro-me
Sentada
Pensativa
Desejando não te desejar
Sonhando
recordando tuas mãos... teus beijos.
Dizem que todos têm uma cara metade!
Será que a minha és tu?
Ah meu cupido!
Porquê essa flecha em mim?
Porquê ele? Porquê eu?
Todos me alertam
pra que atenção tenha
por mais que tente raciocinar
com evidências no ar...
Minha perdição és.

Sílvia Soares


Minha irmãnzinha decidiu publicar um dos seus poemas...pra breve um blogue, assim espero! Ivone Soares

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Sou-te girassol



Pensava no pôr do sol
palpitações fortes vieram espreitar minha existência
Calafrios...arrepios
sensações indizíveis
tomando conta de mim
Respiro fundo...
calma fico
Mas aquele pensamento...pensar o Pôr do sol
dilacera-me os sentidos
como pode o sol pôr-se...se murcho?
Tu que comigo choras
Tu que comigo ris
Tu que comigo meditas
Tu que comigo navegas
Tu que comigo sentes como se me fosses
Como te podes pôr?
O silêncio da tua ausência aflige-me
Mais que habituada amo-te
amo quando pra mim brilhas
dou-te-me nesse instante
sei que sentes.
O sol não se pode pôr
Não antes de rescaldares-me os sentidos
Começo a sentir-te
Sinto-te
Bendito pôr do sol.

Ivone Soares

Imagem tirada daqui

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Os poemas que te parto


Meu Rei, hoje, decidi muitas coisas
Mas a mais importante é declarar-me perdida por teus encantos
Estive lendo tua sina
Li as linhas secretas do teu futuro
Mesmo sem nunca ter lido tua mão
Vi todos traços que tens
Mesmo sem nunca ter olhado a planta dos pés que tens
Vi teus caminhos
Davam à mim
Teu futuro é comigo
Teu tacto a mim chegará
Teus beijos a mim darás
Tu a mim virás
Sabes quantas vezes te beijo em pensamento?
Sabes quantas noites acordados ficamos?
Sabes quantos sonhos partilhamos?
Sabes quantos mundos visitamos? Um só
O nosso!
Tesouro, guardo-te o beijo mais fogoso
guardo-te o mais intenso
guardo-te o mais apetecido
guardo-te todo meu ser
Loucura? Não é não!
É paixão
É vida! Vida a dois...tudo comungado
Hoje parí este poema
Pra ti
Por ti...Boa noite!

Ivone Soares

Imagem tirada daqui

"Balão de oxigénio"

Ilustres! Não resisti em reproduzir esta carta que é uma das mais lindas que li no cartas d'almor. Para os amantes de cartas de amor aí vai. Ivone.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Sim confesso


Confesso que esta noite promete
Noite fresca, quente, doce, noite tua
nossa noite sim!
Promete porquê?
Porque quero recordar-te que te adoro
sim, sempre ao quadrado.
Tive uma forte vertigem
Tonturas quentes
Toda eu refogada
especiarias orientais
aromas ocidentais
presença africana
Espíritos e Deuses? Não
...Deus conspira
Quer-nos juntos
Tu em mim...eu como sempre...
Tua.

Ivone Soares


domingo, 27 de janeiro de 2008

Vivemo-nos nas madrugadas


Enquanto o mundo dorme nós vivemo-nos
Enquanto o mundo repousa nós ardemo-nos
Enquanto o mundo cega-se nós olhamos um pro outro
Enquanto o mundo se despe nós redespimos nossos farrapos
Não nego que te quero como a mim
Não nego que te sinto... como ti quero!
Estás no meu caminho... assim queremos
Estás em mim... assim permaneces
Completo
Sereno
Feliz
Amando!
Sabes, neste instante...neste que me lês
tenho as luzes apagadas
madrugada doce
janelas abertas
capulana em mim
nada mais
e te sinto junto de mim
te sinto comigo
deitados neste quente espaço
neste nosso futuro de nós
Idéias doidas vou tendo
penso em vir destapar-te
penso sim
penso acordar-te
penso prazeirar-te
minhas mãos penso botar em ti
meus lábios penso dar-te
minha carne deixar-te tocar
tudo em mim a ti entregue
penso viver-te neste momento
penso em ti!
Digo-te mais
penso fazer-te sentir este brívido
tirar-te pra dançar nesta noite mágica
penso que vivemos nas madrugadas de nós
noite mágica... faça-o feliz!

Ivone Soares

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Nosso festival d' amor


Meu Rei o festival d'amor não faz sentido sem ti
Pra ser festival tens que ser meu centro
tens que estar no centro
temos que nos centrar
sós...intimamente...fogosamente
tesouro o melhor é querermos assim
intensamente
lembraste? como te falei ontem? falei-te em eclipsar-te
lembraste?
Sei que sim
Esta noite estou apagada
cansada da tensão a que me submetes
cansada de tua ausência em mim
cansada de explicações convencidas
agora estou me reacendendo
começam a erguer-se os montes
o horizonte tentam cobrir, mas são minúsculos
cabem em tua boca como luva
vulcão ameaça despertar
a terra começa a estremecer
começo a gemer
ai...aii...aiii
pára, pára, pára
agora
sim
pára
mais...isso sim,
devagar
pára
e pra mim te puxo
a ti me entrego
quente...doce...como só eu
Bjs ardentes.

Ivone Soares

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Quentes tardes



Tesouro nossa tarde-noite chegou
Irradiando calores vulcânicos
tudo queimando, a mim especialmente
Quando dei por mim estava em lavas
Tesouro minha capulana está ao de leve encostada a minha pele
transparente como é
vislumbra-se nossa casa...o horizonte
Quando dei por mim nua era
Tesouro tomo Delicious
penso-te
sorvo-te no delicioso licor que a ti sabe
Tesouro teclo serena
olho estas teclas que por si a ti falam
revisito-nos e ti vejo guardando-me
sabes, aquele tempo que definiste: o breve está pra breve
aí, sorver-te-ei enlouquecida
dizes-me ser elegante
como não ser senão pra ti?
houve momentos que pensei teu pescoço amar
houve momentos em que pensei teus ouvidos beijar
houve momentos em que diabada parecia possuída
espíritos do bem velem por ele hoje e sempre
que chegue o breve
prometo eclipsar-te.

Ivone Soares

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Queria saber escrever...

Hoje visitei os rabiscos da Soares
E pensei comigo
Queria saber saber escrever
Saber brincar com as palavras
Me entreter

Queria como a Iva faz
Levá-las comigo onde quero
E nos desespero
Rogá-las que me consolassem

Queria ter a força de prensá-las
Destilar um suco qualquer
Sabor que me desse na gana
Cantassem se eu quisesse
Ou chorassem

As palavras são lindas
Escritas na idade dos adultos
Ou rabiscadas na infantilidade dos poetas
Cantando ao ritmo das árvores que chilreiam
Ou mesmo no grito do silêncio

Queria saber escrever
Queria...


Muito obrigada Nelson

À Lizha James


Raínha,
Tua voz esquenta meu sangue
Quando congelado...oiço-te
Re-esquento-me, re-alimento meu ser
Todas buscamos alguém que cuide de nós
Alguém especial
Alguém que nos faça vibrar com um simples olhar
Raínha,
somos apaixonadas
apaixonadas pela vida
pelas letras quentes
apaixonadas
nossos sentimentos puros são
nossas juras profundas
nossos beijos eternos
nossos olhares doídos
doídos por amarmos forte
doídos por querer
nosso homem sempre ao lado
querendo ao rubro
somos sinceras
somos rigorosamente nós
Viva Raínha
Viva Mulher.

Ivone Soares
Dedicado aos sentimentos de mulher
de Lizha James, Raínha do Raga.
Uma vez Raínha, sempre Raínha!


segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

A dança que não dançamos


Tesouro, quero contigo bailar
Quero, tesouro, quero contigo voar
Tu que nunca me convidas pra bailar
Tu que nunca vês as horas que ti requebro...sempre em pensamento
Tesouro, quando pensas em mim
Saiba ser reflexo dos meus por ti
Hey...ópio, otil, meu sol
rasto de nós abraço em cada bela canção
Quero bailar neste instante
Instante que febre tens
instante que horizontamos
só nós
Tu que nunca me levas a bailar
Tu que sinto em mim agora
Teu tacto afastando minhas coxas...relembro
reamo ao quadrado
requero raíz quadrada de mim
presumo que sentes quão gulosa estou
Futuro que tudo começou
Quando penso em ti venho-me
Se queres
Se me queres
Verdadeiramente se queres...digo-te
escuto Iglesias...HEY...
Querote!

Ivone Soares


Meu Bruxo...meu Dengue


Estou chovendo torrencialmente
saudades de ti
Estou neste momento, recém chegada da longa viagem
feliz
penso-te
pensei-te
tive-te sempre em mim
Quis olhar-te nos olhos
profundamente
Quis beijar-te
meus beijos dei-te sim
Sei que os sentiste
Sei...sei
Deixa que te leve pro horizonte
Não precisas de sumauma, não precisas
Não precisas fumegar teus pulmões
Não precisas
Precisas sim de mim em ti
Precisas sim de tomar-me nos braços
Não deixes de olhar-me como olhas
Com sede de mim
Com arrepios por sentir-me a pele
Com cócegas por sentires meus dedos
Não deixes de querer-me
Não deixes de sonhar-me
Alma-me
Nossas almas amam-se
na surdina da calada dos dias- madrugada
Se quiseres ir a algum lugar distante
Se quiseres toma minha direcção
Vem pra mim
Sou sumauma das maçanicas minúsculas
Sou tua sim
Única...apenas nós
Tenho saudades.

Ivone Soares

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Quando o stress toma conta de nós



Suruma acabou, ouvi uma, duas vezes
Não te permito a terceira
Suruma não acaba assim
Suruma deixa a pessoa sumaumada
Sumauma real não anda a moda tartaruga
Sumauma é fogo
Sumauma é tesão
Sumauma avassala, arrasa, parece tsunami
Sumauma que acaba nunca existiu
Sumauma que dura pouco era como palito aceso
Sumauma que eu sinto não tem extintor capaz de apagar
Sumauma que eu tenho eterniza-te
Sumauma que eu quero você não conhece
você não sabe
você ignora
Sumauma que acaba não é essa que quero
não é essa que preciso
não é essa que te dou
Sumauma que vejo é invisível
só se sente
só se sorve
só se fareja
Sumauma que acaba
entristece
dói
magoa
choca
traumatiza
antes esquarteja-me
antes espanca-me
antes insulta-me
depois recola-me
depois remenda-me
depois diz-me
AMOTE.
Surumada de ti sinto-me
Surumadas estão minhas entranhas
Surumadas estão aquelas maçanicas que, na terra que te viu lá passear, comeste
Surumadas minhas mãos estão neste momento
trémulas
suadas
fogosas
tudo quebram
tudo pedem
a ti tocam e acalmam teu ser confuso
vamos dormir!

Ivone Soares

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Meu fogo vulcânico


Deixa-me dar-te do meu caldo
Deixa-me levar-te às estrelas longíquas cuja rota só eu sei
Deixa-me matar tua sede de minha alma
Deixa-me levar-te ao horizonte
Deixa-me fazer-te homem
Deixa-me desvirginar teus sentidos
Deixa-me que te endi-abre com meu fogo vulcânico
Deixa-me amordaçar-te os lábios quentes que provei
Deixa-me acorrentar-te a mim
Deixa-me ser-te
Minhas maçanicas estão rijas
Querem-te
Viste-as chamarem-te
Viste-as suplicarem por mais uma linguadela
Viste-me...nádegas firmes ardendo de desejo do teu toque
Deixa-me doidar-te.

Ivone Soares