domingo, 17 de fevereiro de 2008

Pois então aqui me voltei

Manuelita, aqui estou de novo, tu sabe como é difícil a minha vida de corredor da vida sempre te procurando em cada poro dos sonhos.

Pois então aqui me voltei.
Não, não lhe esqueci, não é possível esquecer seu sangue, porque teu sangue circula nas minhas artérias. Nada a fazer: é meu destino sanguíneo.
Ah sim, tu me molha todos os dias, basta olhar você para me espermar, para só sentir em baixo enquanto o resto do corpo parece estar numa auto-estrada de espasmos. Convulsiono de você mesmo sem pensar em você. Imagina agora quando tu tá em cima de mim me percorrendo com sua língua e seus jeitos de enlouquecer a própria loucura!
Tenho sentido sua falta, cada dia mais eu lhe sinto mais forte em minha pessoa, como se tu fosse um destino que ninguém pode remover de mim, doce e belo, húmido e abrangente.
Ontem mesmo eu me passeava em mim quando dei que algo faltava. Afinal descobri que não me passeava, que apenas lhe procurava. Descobri afinal que já nem passear posso. Minha vida consiste de lhe procurar. Já não sou eu: sou sua procura, um caminho no qual só se pode andar para a frente.
Agora Manuelita me deixa fazer meu jantar, me chateia sem fim fazer jantar sem sua pessoa, é como se tivessem amputado minha alma, partido meu equilíbrio, roubado meu eu, porque meu eu só é ser seu.
Não digo até logo, digo até agora.
Mas, afinal, que fazer?, não lhe sou seu agora, sou-lhe teu sempre.
Sou eu seu Juvenal agrilhoado na liberdade de lhe ser.

Juvenal




Não resisti, decidi postar esta belíssima carta d'almor. Finalmente Juvenal saiu do silêncio.


2 comentários:

L.S. Alves disse...

Essa moça continua destruindo corações.
.
Um abraço e parabéns.

Ivone disse...

A carta não é da minha autoria Alves. Aqui o destruidor de corações é Juvenal. Ele é quem escreveu esta encantadora carta. O blogue dele é
www.cartasdalmor.blogspot.com
Obrigada,Ivone Soares.